31 de julho de 2010

John Cornwell e a moral científica

Acabei de ler 'Os Cientísitas de Hitler' de John Cornwell. Mais que um achado histórico sobre o trajeto da ciência alemã no periodo, e consequentemente do mundo, indo a descoberta da fissão por um cientísita alemão a construção da 'máquina de matar', trás uma série de situações onde sobretudo a ética da ciência em seus diversos ramos é discutido de modo imparcial mediante seus feitos resultantes, indo-se da ciência a pseudociência.Uma discussão muito interessante e altamente importante se demonstrou no livro em seu último capítulo pertinente as questões morais e éticas da ciência, a aplicação do conhecimento, trechos aplicáveis como referência ao livro 'Ciência do bem e do mal'. Cornwell afirma (pág.393) que "a questão do patenteamento vai ao núcleo das tensões entre os que vêem a ciência como livre, objetiva, universalista, e os que afirmam que a ciência só pode florescer quando as descobertas são patenteadas ou têm seus direitos autorais registrados e os lucros com sucesso retorno." Sob tal aspecto evidente que se torna vital para que os pesquisadores subexistam em condições apropriadas para prosseguir nas descobertas, como pode um pesquisador não somente não lucrar mais ainda ter de ceder todo trabalho e pagar por este?
Porém, a ética e moral científica vai além da questão da má aplicação da tecnologia, exploração, maus tratos e direitos autorais, mas abangendo as limitações legisladas ainda hoje temas recorrentes como aborto e eutanásia estão em voga, passando-se para um assunto ainda mais complexo, o da clonagem e os desdobramentos gerados pelo projeto Genoma. Tentativas de clonagens como a da ovelha Dolly comprovaram que o metodo ainda aquém do seguro somente ocorreu após 277 tentativas, mesmo mediante uma série de problemas que incorreu ao animal.
"Não se pode dizer que os pesquisadores que falsificam dados, manipulam estatísticas, apropiam-se das descobertas ou idéias de outros sejam "bons cientístias", no sentido moral ou profissional: certamente é imporvável que seus resultados façam qualquer bem. (...) A tendência tem sido os cientístas ignorarem esses escrúpulos, como fizeram os cientístas de Hitler, retirando-se para um casulo de 'pureza irresponsável'. Na era pós-setembro, os escrúpulos aumentaram e é ainda maior a tentação de retirar-se política e eticamente. Fazer boa ciência hoje envolve a vigilância moral das consequências, a consciência do impacto da descoberta científica sobre a sociedade, o meio ambiente, a natureza. O bom cientísta evidentemente não põe o conhecimento ou técnicas perigosas nas mãos dos indignos de confiança. O bom cientístas tenta tornar públicas por quaisquer meios possíveis as consequências sociais e ambientais do conhecimento potencialmente perigoso."[Idem - pág.399]
O problema consiste quando as pessoas não estão interessadas em produzir a verdadeira ciência mas apenas a buscar neste uma forma de poder, esquecendo completamente das responsabilidades se não do ônus do poder. Cabe ao que descobre a responsabilidade ética e moral da aplicação e publicação de tal descoberta não somente pendente dos direitos sobre tal, mas como dever de não se abster do uso que se pode fazer de tal conhecimento. Mas num mundo onde não existem limites da privacidade, morais e éticos as fornteiras invadidas colocam-se por vezes o não publicado sob a responsabilidade do espiado, abstendo-se dos direitos mas deveres do qual não posuí qualquer controle, o resultado de tal só pode ser malefício. A verdadeira responsabilidade é tronar-se guardião das aplicações e implicações que pode ter tal conhecimento, especialmente quando apropriado de modo ílicito e imoral. O impacto que tal tem sobre a política, religião e cultura torna deste modo não somente ao cientistas mas qualquer um que produza conhecimento que pode impactar tais ramos responsabilidade sob os direitos e publicação, pois quando tais são utilizados para provocar misérias e mortes, a salvo o roubo e utilização indevida o autor terá plena responsabilidade sob tais dados.

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