3 de março de 2010

Chronologos: Fronteiras do Tempo: Partis Zero

Partis Zero
Além de Tudo:
Buscando Paradoxos Reais

Gerson Avillez

O Termo energia vem do grego energes do qual significa 'atuar' derivada da palavra ergon (obra), ou seja, significa aquilo que atua e(ou) produz efeitos. Mas de onde vem a energia? Falando superficialmente seria do movimento que viria a energia e a energia do movimento, mas ambos parecem ser pendentes do tempo de onde dependem plenamente. Pressupõe que com o Big Bang toda a matéria e ondas tiveram inicio, mas e o tempo? Do que depende por sua vez o tempo uma vez que sabemos que até mesmo a luz tem uma fonte e causa? O tempo seria uma malha donde todos estes elementos interagem e do qual dependem primordialmente e a energia nada mais é que fruto deste...
O próprio conceito da eletrônica descoberto casualmente pelo filosofo Tales de Mileto, por volta de 600 a.C. quando friccionava um pedaço de pano com o âmbar que no grego é elektron, mas curiosamente em 1935 Whilhem Karniy descobriu vasos de argila que funcionavam como pilha nas áreas onde hoje é o Iraque. A matemática se tornou essencial para nossa vida desde concebida pelos filósofos gregos como meio de compreensão do universo, e avançou profundamente na física, química e outros seguimentos se consagrando como ciência como qualificação das leis do qual tornava possível se fazer medições, cálculos e previsões probabilísticas e estatísticas.
Desde os tempos de Gallieu se observou a catalogação das primeiras leis das quais observando o fenômeno da gravidade em sua lei constatou que todas mudanças dos movimentos tem por causa determinadas forças do qual mediante sua observação e conhecimento seria possível se prever parcialmente ao menos, destes elementos viera a suposição da energia inerente a tais forças responsáveis pelo movimento. Não se demorou, no entanto, para se notar as limitações mediante as observações feitas por Gallieu por lacunas a serem preenchidas por Kepler, Newton e muito posteriormente Einstein, dando seguimento as suas obras de forma cumulativa, donde de todas as leis as únicas quebráveis desde o ínicio se comprovou como sendo as da ética, cujas leis humanas exclusivamente lidam.

"Em física quântica, muitos comportamentos paradoxais podem ser observados (o princípio da incerteza de Heisenberg, por exemplo) e alguns já foram atribuídos ocasionalmente às limitações inerentes da linguagem e dos modelos científicos."

A Física quântica parece não seguir inicialmente o mesmo percurso consagrado da Relatividade, porém, constata-se similar importância sob muitos aspectos para se explicar alguns fenômenos mesmo que ainda assim se permaneça pendente mediante a Relatividade Geral de Eisntein, o fruto da busca mutua que antes dividia em dois os campos da física resulta na chamada ciência do Tudo tão polêmica e por vezes distorcida. A explicação da física quântica para a existência das partículas é que seriam na realidade resultantes de um ponto comum, um campo subjacente donde o fenômeno comum da mecânica quântica propõe partículas e ondas, mas ausenta a existência destas ligadas ao tempo. De certo se rompe o dimensional conhecido podendo em hipótese até mesmo romper as frequências temporais, assim determinando um evento desconhecido a nossa ciência e conhecimento. Muitos séculos atrás o filósofo grego Aristóteles, disse que o som e a luz eram capazes de viajar apenas pelas ondas do ar. Apesar de obviamente a luz não ser dependente deste, somente séculos depois, no século XVII, se conseguiu provar a validade de tal teoria da não propagação do som vácuo por Robert Boyle em 1658.

"O salto conceitual que o físico alemão Max Planck deu em 1900, engendrando a base da mecânica quântica, reformulou de tal maneira a visão do mundo que, ao menos um historiador da ciência, não teria razões para supor que seu impacto já tivesse sido todo absorvido."

CAPOZOLI, U., Presidente da Associação Brasileira de Jornalismo Científico (ABJC)

Nas temperaturas próximas do Zero absoluto a uns 300 graus abaixo de zero, os átomos de determinados matérias permitem passar livremente toda corrente elétrica anulando a resistência elétrica no que se chama supercondutividade. Tal fenômeno observado por Max Planck em 1912 passou a se chamar Energia de Ponto Zero, quando Planck busca derivar energia de forma diferente ao proposto em 1900 que ao demonstra a essa temperatura negativa o oscilador e sensores não detectavam zero, mas sim meio quantum (de onde deriva-se o conceito central da quântica) e considerada uma das energias mais baixas na mesma, mas jamais sendo obtidas como resultante consequentes de um principio fundamental que juntamente perante a Incerteza de Heinsenberg parece se demonstrar inviável a exploração de energia neste aspecto. Apesar de Albert Einstein e Otto Stern terem a explicado em 1913 pelo de nome de energia residual ('Nullpunktsenergie') somente em 1925 Werner Karl Heisenberg conseguiu demonstrar como reagiam tais átomos. Se acreditava que todos os átomos parecem ao atingir a Temperatura de Ponto Zero de modo a reter energia dentro de si, mas somente a Mecânica quântica conseguiu explicar os desdobramentos consequentes com maior precisão.
A supercondutividade funcional mediante o vácuo conforme comprovado demonstradamente por Hendrik Casimir em 1948, ao utilizar-se duas placas neutras, servindo para demonstrar inclusive que tal força é existente no espaço sideral considerada também uma forma de energia ponto zero, descrita como 'estado estacionário' tal como o efeito de Casimir, mesmo mediante controvérsias funcionando apenas sob alguns aspectos na cosmologia tal como é a Relatividade para a Quântica, conforme comprovado por Steven Weinberg, se tornando uma teoria de existência não comprovada e por isso a duvida. Mas como tem se tornando comum, tais observações teóricas e prática destas "exceções" não demonstrariam a desqualificação ou contradição conforme o próprio principio da Incerteza supõe, deixando em aberto a questão.
No dia 21 de Março de 2006 dois cientistas da Agência Espacial Européia (ESA), Martin Tajmar e Clovis de Matos divulgaram o que acreditavam ser a primeira medida de campo magnético gravitacional em laboratório depois de mais de 250 experiências em oito meses de pesquisa pelo chamado momento Londres que é um campo magnético criado por rotações em altíssima velocidade por anel supercondutor (giroscópio), isto é, feito de determinados materiais que próximas a temperatura do zero absoluto perdem toda resistência elétrica. Mesmo que seu pressuposto teórico do experimento de que uma massa em movimento gera um campo gravitacional tenha sido considerado fraco mediante aos conceitos da Relatividade Geral tal pode ter sido superado quando fora testado em pequena escala graças a sensores de aceleração instalados em diversos pontos do experimento para medir a resultante dum possível campo gravitomagnético no qual chamaram de Momento Londres Gravitomagnético por se diferenciar dos chamados pares de Cooper em que o novo fenômeno descrito gerava uma anomalia explicada por eles como resultante deste fenômeno do supercondutor em rotação. Mesmo que pendente de experimentos posteriores que o confirme e mesmo que os 100 milionésimos de aceleração se deve ao campo gravitacional terreno acabou sendo muito maior que o previsto pela Teoria da Relatividade Geral demonstrando a necessidade de aperfeiçoação possivelmente no âmbito da Relatividade, e se tornando um passo de aproximação das teorias quânticas com a Relatividade Geral, mesmo que inicialmente tenha sido exclusivamente na última.
Apesar de Faraday em 1831 ter realizado um experimento similar, já o chamado efeito Podkletnov fora reproduzido por supercondutores em movimento sem grande sucesso nos anos 90 e caindo gradativamente no esquecimento popular. Criado por Eugene Podkletnov na Universidade Tampere de Tecnologia (Finlândia), em 1993 sendo divulgada como revolucionária em publicações de renome do ramo como Journal of Physics-D: Applied Physics, do Instituto Britânico de Física em novembro de 1996 e pesquisado profundamente pela NASA tal como o Instituto Max Planck da Alemanha, mas sem resultados igualmente revolucionários. Nos experimentos realizados na Finlândia inicialmente para medir a supercondutividade de cerâmica em temperaturas próximas ao zero absoluto, utilizavam de pequenos objetos como bolas de golfe que ao serem colocados no mecanismo criado por Podkletnov com um pequeno anel de aproximadamente 20 centímetros de diâmetro que girava a 3 mil rotações por minuto impulsionado por energia eletromagnética de dois imãs dentro de um recipiente de gelo seco fazendo tais objetos criarem uma espécie de escudo anti-gravimagnético, onde fora constatado que a exemplo da bolinha de golfe perdera 2% de seu peso medido por uma balança supersensível. A descoberta casual fora da seguinte maneira segundo o próprio Podkletnov:

"Nós estávamos trabalhando até altas horas da noite e um de nossos amigos chegou para nos visitar em nosso laboratório. Ele é uma pessoa muito simpática. Tinha uma longa barba e costumava fumar cachimbo. Ele estava infestando o laboratório com fumaça e então percebemos que a fumaça chegava ao local do nosso experimento, encontrava uma barreira invisível e imediatamente ia embora. Isso acontecia numa área que era a projeção do pequeno disco que estávamos usando para testar os condutores. Nenhuma fumaça conseguia entrar ali. Para ter certeza de que havia alguma influência do experimento na fumaça, fomos ao andar de cima e, com um barômetro, tentamos encontrar uma área onde a pressão estivesse reduzida. Ficamos surpresos, mas pudemos determinar facilmente essas áreas onde havia pressão reduzida do ar. Elas correspondiam exatamente à projeção do nosso disco supercondutor. Era uma prova clara de que realmente tínhamos uma espécie de escudo gravitacional".

Após constatar a diminuição do peso do corpo Podkletnov inseriu mais um anel na rotação do mecanismo notando uma proporcional diminuição do peso destes objetos e o levando a elaboração de um mecanismo com diversos anéis de modo a serem capazes de anular seu peso, assim a gravidade neste, mas sem sucesso. Em 1994 o físico italiano G. Modanese após entrar em contato com Podkletnov o enviou um modelo teórico que explicasse o fenômeno para sua equipe. Imediatamente Podkletnov confirmou que seu modelo diminuía cerca de 0,5% do campo gravitacional terreno, levando G. Modanese a publicar um relatório aos cientistas americanos em maio de 1995 levando no final de 1996 o inventor eletrônico J.Schurer então em contato afim de desenvolver uma versão simplificada do mesmo mecanismo tendo seus estudos catalogados na Gravity Society, que visa estudos específicos a supercondutividade e gravidade.
Isso aproximaria não somente a especulação da criação de campos gravimagnéticos no espaço para a exploração espacial tal como proposto no Centro Espacial Marshall da NASA em Huntsville, no Alabama, a intenção de construir uma nave movida a propulsão anti-gravitacional no chamado Projeto Delta G, tal como a desejada anti-gravidade em si e a observação de torções espaciais inerentes ao equivalente da massa a gravidade, abrindo precedentes interessantes mesmo que inicialmente ínfimos fisicamente. De igual modo um projeto chamado Nanocase buscam um meio de explorar tal energia, mesmo que mediante o conhecimento atual seja impossível.

"Nossa penetração no mundo dos átomos, antes vedado aos olhos do homem, é de fato comparável às grandes viagens de descobrimento dos circunavegadores... Essa descoberta, com efeito, gerou uma novíssima base para que se compreenda a estabilidade intrínseca das estruturas atômicas, a qual, em última instância, condiciona as regularidades de todas experiências corriqueiras."
BOHR, N., Física atômica e conhecimento humano: 30

Dentre os projetos realizados há ainda aqueles que permanecem obscuros ao grande público incluindo sem se saber a veracidade deste se não o é um mito construído deliberadamente. O que se diz num dos aspectos obscuros da Segunda Guerra Mundial é que o nazismo estaria realizando um projeto secreto com um artefato supostamente alienígena chamado de Sino, algum tipo de objeto similar a um sino de Lituano do qual utilizava-se de um material líquido radioativo chamado Xerum 525 que vibrando em determinadas freqüências seria capaz de gerar um campo antigravitacional. O fato é que com o termino da Guerra o suposto artefato tal como o material de estudo teria sido saqueado por uma das nações vitoriosas e nunca se soube ao certo.
Ainda durante a Segunda Guerra Mundial, em 1943, houve ainda um Projeto americano bastante peculiar sob a pretensa inicial de tornar um Destroyer invisível aos radares inimigos, também chamado de Projeto Rainbow e Phoenix Projetos 1-3 que teriam seguido como forma de investigação. Segundo o oficial Carl Allen a um autor de um livro sobre o tema, Morris Jessup, em 1956 tal como posteriormente para os autores Moore & Berlitz (“The Philadelphia Experiment”) relata que em outubro de 1943, na Virginia teria visto o Destroyer USS Eldridge simplesmente desaparecer diante de seus olhos. Entre os supostos envolvidos no Projeto estava o cientista Nikola Tesla, John (ou Janus) Von Neumann e até mesmo Albert Einstein. No entanto, outro suposto participante, Al Bielek que declarou ter sofrido até mesmo lavagem cerebral, e somente na década de 80 surgiu para falar sobre o caso relatando que este teria sido realizado na realidade em 23 de julho e 12 de agosto de 1943, onde afirmava que tal experimento resultou na locomoção do objeto através do tempo, do qual segundo outras testemunhas teriam visto uma estranha nevoa esverdeada no local tal como seus tripulantes teriam sofrido náuseas. Em 28 de outubro do mesmo ano outro teste teria sido realizado sobre a supervisão de Carl Allen no Destroyer USS Andrew Furuseth quando teria visualizado o surgimento do destroyer USS Eldridge sobre a mesma prescrição da estranha nevoa verde arredondadas vindo a desaparecer novamente em seguida. O que teria se seguido é que a própria tripulação que testemunhou tal evento teria adoecido e até mesmo muitos enlouquecido, onde relata-se que muitos desapareciam como Jacob L. Murray, e reapareciam, surgiam em chamas e até mesmo cinco destes teriam se fundido ao metal do navio donde estavam. O que se sabe abertamente é que em 1971 tal projeto fora transferida para as bases militares em Montauk, Nova York para fugir dos olhares do público e que de onde uns dizem ter sido rebatizada como Projeto Montauk, onde até mesmo relata-se que em 12 de agosto de 1983 num novo experimento se teria aberto um portal dimensional que teria trazido para o USS Eldridge sob os mesmos efeitos posteriores. Permanecendo obscuro sobre a veracidade das afirmativas mediante contradições e até mesmo suposto envolvimento de alienígenas, chegando até mesmo se afirmar a participação de uma divindade azteca chamada Quetzalcoatl, sendo tido por muitos como um Hoax.
Justamente pelas leis das partículas não se aplicarem plena e diretamente ao mundo macro demonstra que a intervenção meramente observativa dos átomos segundo o princípio da Incerteza de Heisenberg sugere algum tipo de inteligência ou supra-consciência, algo não descrito meramente por leis de modo explicável, mas como uma mensagem divina que dissesse: "Daqui não passarás". E é justamente este elemento que curiosamente impede do homem conseguir decifrar e extrair qualquer forma de energia tornando-se vítima de sua própria curiosidade. Não obstante, apesar da aparente contradição demonstra-se como um legítimo paradoxo.
A Observação em paradoxo do tempo tal como previsto pela própria Relatividade se aplica de forma bastante similar às leis propostas pela mecânica quântica relacionadas ao Princípio da Incerteza de Heinsenberg, onde a observação e medição do suposto navegante em relação aos que habitam serão diferentes ainda que de forma não necessariamente interativa, na verdade porque passam a compartilhar realidades diferentes o que não seria muito errado colocar-se tal em retrospecto com tal Princípio. O problema está é na alteração desta observação mútua nível quântico, e talvez a chave de toda questão, mesmo que, no entanto, fica-se clara não se tratando de uma mera observação, isto é, ilusão ou mera óptica como uma miragem ou efeito Doppler, mas ocorrências factuais comprovadas cientificamente. De igual modo que essa perceptividade pode gerar enganos ópticos também poderão ocorrer conclusões igualmente enganosas resultantes da especulação...
A Própria viagem temporal é possível perante a física, mas apenas a frente, de modo que não seria incorreto afirmar que todos nós estamos constantemente viajando no tempo, rumo ao futuro, mesmo que numa medida comum a todos na Terra conforme a Relatividade, mediante a ínfimas variações orbitantes medidas apenas por relógios atômicos, graças as diferenciações provocadas pelo corpo gravitacional e a massa da Terra de forma proporcional a este. Mas nos estudos da Antimatéria, isto é, a antipartícula ocorre quando a rotação desta é ao contrário no que alguns chamam de MIC (movimento Intra-Corporal), de forma negativa, alcançasse o valor de peso zero que ao contrário da massa infinita que se alcança quando chega a velocidade da luz, o fenômeno similar observado nos Buracos Negros levando ao exemplo da massa duma estrela ao colapso por exceder a resistência do espaço-tempo comum (o caminho deve ser oposto), demonstra haver claramente um segredo de impossível teste se não por equações e teorias.
Um fenômeno intrigante e que se assemelha ao proposto pela Matéria Espelhada está a do Efeito Doppler que na astronomia parece sugerir uma quase repetição da imagem ou sua noção tal como poderia ocorrem em IK Pegasus, o que poderia ser um elemento que poderia servir de compreensão a tal teoria se não qualifica-la como tese. E se há semelhanças entre as propriedades da luz com a da matéria do corpo? Alguns cientistas propõem que de igual modo as propriedades da luz sejam partículas e ondas, o que abriria um precedente curioso em relação a este pressuposto, uma vez que ao vermos as estrelas, na realidade a luz delas no passado, ver poderia significar em alguma hipótese ‘ir’ ao passado?
Noutro aspecto esse eco existencial poderia se demonstrar em diversos outros fenômenos do além lei (sobrenatural?), sendo repetições normalmente vazias circundando o original como um Efeito Doppler. Isso poderia ocorrer, pois o tempo assim como boa parte das energias que dele depende intimamente são como ondas cada qual sua frequência de modo que poria se propagar refletindo-se de volta assim como a imagem num espelho quando sintonizada na mesma. O curioso aspecto é que as mais variadas forças tem sido estudadas, das propriedades da luz ao menor dos átomos, mas não o tempo em si. Enquanto tais se demonstram muitas vezes como ondas e partículas a nível paradoxal cujo é essencial distinguir de contradição, finalmente a física quântica encontra a relatividade no que se diz referente ao tempo. Tal conceito é a verdadeira síntese proposta na Filoversia, a Filosofia Quântica.
Isso serve, sobretudo para demonstrar que no campo da ciência a filosofia (e por vezes a teologia) acaba por cruzar-se sendo praticamente dependentes sob alguns aspectos, onde a exemplo da potência serve de grande determinador explicativo do Gato de Schrödinger onde a observação altera e afeta, a medida que a não observação mediante a "anulação" de sua potência opressoramente (o gato está preso numa caixa, tal como proposto no conceito da Caixa de Auster), anula o ser cuja a essência demonstra-se clara e naturalmente seu livre-arbítrio e potências mínimas, mediante o SOIP (Sistema Orgânico de Interação de Potências) onde a única lei constante em ambos os mundos (tanto macro quanto micro) é a da ação e reação delimitada por tais potências. A busca incansável pelo controle demonstra aqui sua verdadeira faceta, controle é poder que mesmo mediante imprevisíveis efeitos colaterais anulando o ser de seu querer, isto é, livre-arbítrio apenas demonstra-se como a verdadeira anomia, tal como é uma doença, quando não nos tornando apenas membros no puro conceito de "robô".

"Assim, descobriu-se recentemente que na natureza tudo está subordinado a uma ordem, até mesmo os fenômenos confusos, sem nexo, totalmente imprevisíveis. Esta ordem ‘superior’ é capaz de explicar eventos aparentemente randômicos - não importa se se trata de bolsa de valores, da mudança na temperatura de nosso planeta, ou da maneira que nós formulamos nossos pensamentos – e que podem ser expressos tanto em fórmulas matemáticas e físicas, quanto em belas imagens (os chamados fractals) disformes, mas com uma atraente irregularidade. Todos esses eventos têm algo em comum: o fato de serem atraídos a certos estados da natureza, o que lhes dá unidade, se bem que disfarçada. A nova regularidade dos fenômenos deu origem a uma nova ciência, que tem o ‘caos’ como tema central e na qual, um dia, deve se enquadrar a teoria das ondas."
WITKOWSKI, Bergè: 275

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