11 de outubro de 2009

Conto: Star Trek - Borg Renascence

Aqui escrevo este pequeno conto fan-fiction, que como trekker presto minha homenagem a saga Star Trek que mesmo sendo conhecida popularmente pertencente ao universo "nerd" apresenta um alto teor de inteligência e filosofia bíblicamente correta (em parte), mesmo que extra-bíblica, claro (rs). Reuni os elementos que mais gosto das séries: Janeway, Picard, Data e os os piores vilões, os Borgs. Tendo-se como clara referência o filme "Primeiro contato", os episódios "Escorpions parte 1 e 2" de Voyager (que infezlimente não vi) e "Melhor de dois mundos - Parte 1 e 2" junto com "Inner Light" da série Nova Geração. Espero que gostem.

Jenaway ao regressar do outro lado da galaxia desferira um golpe profundo nos borgs. Sobretudo seus conhecimentos ajudaram a compreender melhor a coletividade e a atacarem. Num curto periodo de tempo parecia irreversivelmente enfraquecida e seu império decadente até que sucumbiu aparentemente deixando apenas um artefato, como um estranho trofeú aos seus vencedores. Jean-luc Picard junto a Jeaneway investigaram a fisiologia e estrutura antes de tentar aciona-lo. No entanto, isso não fora o suficiente, ao liga-lo um poderoso raio penetrou nas mentes da tripulação, mas Picard por ter já havido conexão com a coletividade e por uma sonda alienígena acabou por representar a única resistência. Neste sonda havia segredos da origem borg, dados e informações de todas as explorações e assimilações anteriores em suas conquistas espaciais jamais reveladas. Porém aquele troféu na realidade era uma armadilha...
Picard submergiu num mundo de memórias seculares dos borgs. Era uma civilização maravilhosa, do alto de uma colina se era possível observar a maravilha que criara, imensos prédios tocavam quase o céu numa chamada antropolis que do alto era vista quase como um imenso quebra-cabeças que quase formava desenhos com significados. Naves subiam e desciam periodicamente das nuvens literalmente, indo e vindo de colônias lunares. Durante a noite, milhares de luzes cintilavam como se rivalizassem com as estrelas do céu. Era de fato tudo muito belo, prosaico e promissor, todos trabalhavam constantemente afim de aprimorarem seus conhecimentos. Este lugar reunia uma síntese aparentemente saudável de tecnologia e sabedoria. Eles estavam expandido suas fronteiras ao espaço. Tudo era novo, bom, mas havia algo de errado nas frestas daquela civilização, que quando vista de perto as coisas não funcionavam tão bem. Suas fronteiras terrenas já haviam se expandido a tal ponto que não haviam mais nações e outras culturas, era tudo uma só coisa sem qualquer diversificação, toda resistência era simultaneamente eliminada. Eles desenvolveram uma tecnologia fantástica que era capaz de coloca-los virtualmente em zonas inabitadas das vizinhanças estelares, tento-se implantes em seus cérebros aqueles robores respondiam a todos os estímulos replicando seus movimentos e iniciando uma exploração virtual. As possibilidades eram incríveis, a medida que se descobria os segredos do cérebro e desta assombrosa tecnologia permitia cada vez mais avanços. Criou-se um sistema de indução de sonhos onde o se poderia literalmente fazer aqueles terem o sonho que quisessem, e aos poucos eles eram capazes de explorar funções cerebrais em simbiose com esta tecnologia levando a funções extraordinárias como comunicação telepática, indução comportamental e emocional.
Logo, embates de força cerebral eram disputados em campeonatos abertos, aqueles que conseguiam demonstrar maior força mental conseguia literalmente controlar o adversário que imediatamente perdia e tinha suas emoções, memórias, e pensamentos roubados, controlados, suas defesas mentais eram baixadas.
Eles descobriram um mundo mental onde a imaginação o tornava sem limites a explorar. Aquilo era a chave de algo extremamente poderoso que nas mãos de poderosos daquele governo vira uma oportunidade única...
Foi quando então uma descoberta simplesmente imprevisível mudou o rumo daquela civilização. Eles descobriram que não estavam sós no universo. Fora enviado um astronauta virtual afim de encontra-los. Portando o sistema mais novo de simulação sensorial, o andróide não somente simulava a vontade de seu e-mentor, mas dava um retorno sensorial a este diretamente a sua mente que literalmente levava as demais para se compartilhar. A Tv e outras formas de culturas definitivamente foram abolidas, o entretenimento e busca era mental, psicológica, a comunicação verbal quase não era mais usada, tudo chegava diretamente a seus cérebros, era como se estes aos poucos estivessem se fundindo numa mente coletiva, um só corpo mental e fisicamente, onde tudo que um sentia outros compartilhavam. As decisões eram tomadas pelas mentes fortes que derrubavam os conceitos considerados fracos em embates infinitos. No entanto o primeiro contato com aquela "nova" raça fracassara, aquelas formas de vida desconfiaram das intenções daqueles visitantes das redondezas e destruíram aquele astro-projetor-borg. Mas aquele ato acabariam por declarar guerra uns aos outros sem saber.Enquanto isso na Enterprise curiosamente o único não afetado fora Data que por não corresponder a mesma freqüência cerebral, obviamente por ter um cérebro positrônico trabalhava afim de achar uma solução para libertar a tripulação daquela armadilha de insurreição borg. Aos poucos, mesmo sem implantes aqueles homens começavam a despertar com o mesmo tipo comportamental borg, mesmo que sem os implantes. A tecnologia deles havia evoluído a ponto de apartir de um artefato conduzir as demais mentes a uma coletividade, mesmo que em nível temporário. Data, não poderia destruir o artefato por temer que aqueles que estavam lá presos perdessem sua consciência, tivessem literalmente morte cerebral. Mas a resposta estava estava no holodeck, Data viu uma oportunidade de conectar o artefato ao Holodeck e simular os acontecimentos vistos especialmente por Picard, como forma de Data entrar naquele mundo imaginário.
Na viagem mental Picard vislumbrava aquela civilização ultra moderna. Ela enviou sondas afim de investigar aquela recém descoberta civilização vizinha. Era um povo modesto tecnologicamente, mas centrados em suas crenças espirituais pacificas mas fechados pelo receio de contatos anteriores, e por isso mesmo não queriam relações distantes se não viver suas vidas, presavam o crescimento espiritual do individuo prezando elementos nobres de igualdade imparcial em justiça. Mas eles não se satisfizeram, começaram a se infiltrar pouco a pouco estudando cada trecho da cultura, política, história e vida daquela civilização como bons exploradores que eram, o que descobriram gostaram, e viram que era bom. Mas aqueles ao descobrirem que aqueles vizinhos intrusos não respeitavam suas condições de distância segura, e atacaram os espiões infiltrados que buscavam seduzir seus habitantes sob premissas promissoras. Começava então uma guerra que duraria por anos, aquele povo começou pouco a pouco ser escravizado por eles e não demorou muito até adaptaram sua tecnologia mental-borg a aqueles similares os assimilando e os conectando pouco a pouco a mente coletiva borg.
Para estes abolir qualquer chance de hesitação que pudesse vir a prejudicar a coletividade em sua força mental a exemplo do medo, piedade, amor estes literalmente aboliram tais emoções se tornando extremamente cruéis e impiedosos e com o tempo não passaram mais distinguir a diferença entre consciência e alma a tal ponto que passaram a descartar os corpos considerados fracos pela crença de uma transmissão de consciência que se somasse ao mainfraim coletivo o fortalecendo quando não tomando outro corpo, mas que com o tempo o termo consciência individual se extinguiu a tal ponto que todos presos naquela rede, não tinham mais emoções de decisão e livre-arbítrio, amor, eram todos como células de um só corpo que tinham uma infinita some de adquirir mais informações, tudo a sua volta.Aos poucos Picard se perdia naquelas memórias imergindo novamente naquela coletividade de consciência, mas Data surgiu como o fio de ariane de seu mundo, como o fiado de humanidade que separava os humanos dos borgs.Já no mundo Borg, no entanto, eles não esperavam que um jovem, um único indivíduo apresentaria uma enorme resistência mental aos seus implantes, a coletividade, com poderes unicamente naturais que como um vírus penetrou as mentes de seus mais fortes exploradores como fizeram em sua civilização criando um verdadeiro curto circuito entre eles, alguns se isolaram, criaram células, muitos com o tempo se tornaram estranhamente dependentes da mente coletiva e não sobreviveram por longo tempo desconectados, foram vencidos pela resistência, como formigas sem sua rainha. Até que num dos surtos era desferido um golpe na própria terra natal daqueles borg agora repletos de implantes que amplificasse sua força, capacidade e habilidades provocou uma fissão em seu reator principal fazendo o seu mundo entrar em colapso numa reação em cadeia pois havia uma plena simbiose entre aqueles seres e máquina que eram diretamente ligados as cérebros artificiais daquele mundo. Parecia o fim, no entanto, uma parte resistente daquela célula conseguiu dominar o planeta inimigo que apesar de agora assimilado não tinha mais quaisquer recursos e sem sua terra natal, e vendo aquele mundo devastado partiram para outros mundos. Poucos foram os que resistiram e conseguiram fugir, era o inicio da raça borg...
Foi quando então utilizando-se da força mental junto a Data eles encontraram a "consciência" da antiga rainha Borg que outrora Picard e Data enfrentaram, ele podia também sentir a almirante Janeway, pois ela já a havia enfrentado antes. Eles não conseguiam conceber que aquela mente coletiva como personificação da rainha Borg poderia simplesmente tomar controle da nave a levando de volta para a Federação para reiniciar a assimilação. Data então penetrou no mainframe da nave para ativar a auto-destruíção da nave afim de evitar tudo aquilo. A rainha Borg agonizava nas mentes da tripulação, era um tormento psíquico insuportável, como fora antes em sua história e na anterior assimilação de Picard ele era o elo forte da raça humana a libertar as demais mentes daquele tormento coletivo. Restava pouco tempo, conseguiram se libertar a tempo de salvar a nave e impedir de chegar a Federação. Num último ato, Janeway, Data e Picard lançaram o artefato no espaço e observaram de forma estranhamente introspectiva sua destruíção, ali, naquele pedaço de metais e silicio haviam memória de centenas de civilizações destruídas e assimiladas...

Originalmente postado em 17/02/2009. Veja no Blog do autor a postagem original e deixem seu recado, aqui!

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