No primeiro post do ano no meu blog Pergaminho Virtual, resulvi escolher um tema sempre atual e abordado em seriados conceitualmente inteligentes como 'LOST' e 'Fringe', os mundos paralelos. LOST, chega a sua sexta e última temporada, depois de algumas reviravoltas meia esquisitas, particularmente ainda não assisti a quinta temporada, mas alguns vem dito que tem extrapolado um pouco seu bom senso. De fato, a série já saiu de seu auge desde a segunda temporada curiosamente ao abordar conceitos como do personagem Jacob e mundos paralelos.
Confesso que a teoria dos mundos paralelos me diverte. Filmes como 'O Confronto' criam conceitos muito interessantes sobre tal proposta de dimensões paralelas mesmo que obviamente na ficção, mas na prática tal teoria - que jamais fora comprovada, diga-se de passagem - apresenta inúmeros erros e falhas, cujo um dos maiores é sua conciliação com conceitos espíritas de fantasmas e outros abrangendo a relação de dispersão de matéria e energia (massa), afinal haver outro "eu" num mundo paralelo similar a este implica que seja o mesmo espírito de modo que se há mundos paralelos infinitos o espírito também será infinito. Mas não é só, a proposta se resume no 'e se' de um agora 'genérico' onde num mundo estivesse morto ou se morresse neste obviamente haver outro em que viva. O supra-sumo desta teoria e de se haver um mundo onde sempre haverá algo que neste não há. Mas assim como poderia ser fantasma? Atravessaria a outra dimensão paralela também? Tal idéia contraditória vemos no seriado LOST onde aborda ambas teorias, mas sem explicar tal fato se resumindo a contradição categórica, onde o personagem Jacob se torna um quase deus poderia em outra dimensão ser apenas um homem comum, ou será que ele manifestaria superpoderes - obviamente improváveis em nosso mundo - conforme 'O Confronto'?
Até mesmos conceitos inteligentes sobre viagem no tempo nos colocam em paradoxos complexos - quando não auto-anulativos - especialmente mediante a mecânica quântica criando implicações diversas com a teoria do caos conforme debati no 'Crônica do Tempo' onde os 'mundos paralelos' se resumiram a interação resultante mediante o quantum do suposto temponauta que resulta num futuro obviamente oscilante, aqui expressado pela narcose temporal que seria a resposta de memórias de um futuro - de onde ele seria nativo - alterado pelo passado em sua interação, aqui a proposta ganha valores filosóficos além dos científicos, de modo que se proponha a conceitos como 'ecos temporais' como respostas aos paradoxos ou até mesmo 'fantasmas existenciais' como uma resposta a um conceito dos fantasmas, mais ou menos como o filme 'Efeito Borboleta' abordou, mesmo que meu conceito de narcose temporal seja mais antigo.
O duro, no entanto, é colocar dois coisas conflitantes e contradição a se conciliar, afinal alguém não se pode se tornar um "deus" quando "livra-se do corpo" enquanto num outro mundo a extensão de seu espírito continua encarnado, muito esquisito, principalmente as implicações propriamente literais sobre o tema 'deus', seria ele um deus do 'agora', ou seja, preso apenas ao presente, assim como local, apenas pertencente ao mundo, por exemplo, ou um deus que é capaz de ver em onisciência o passado, presente e futuro tal como todas as suas flutuações quânticas?
Isso, por outro lado leva ao dilema tosco, de que ele mesmo poderia interagir nos fatos envolvendo sua vida e assim mesmo que se esquecesse de tudo que viveu veria o que viveu quando "deus" assim como ele mesmo em mundos paralelos (?), não bastando contrariar a premissa simples de Deus como o paradoxo-mor: existente por si só. Duro de acreditar nessa idéia de LOST, mas vamos ver o que propõe Fringe que ainda não tive a oportunidade de assistir. Feliz ano novo!
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