10 de dezembro de 2010

Wikileaks: Estopim pra guerra da informação?

“A primeira guerra da informação começou. Envie por Twitter e poste isso em qualquer site”. A frase dita pelo grupo de Hackers chamado "Anonymous" e propagada por sites de notícias como Terra - assim como aqui - parece claramente comprovar a hipótese minha sobre o poder sobre o domínio da informação inerente as 13 estatutos proposto em 'Versos & Reversos' assim como discutidos em Oposcinuio.O estopim provocado não somente pela estranha prisão do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, mas da derrubada do site provavelmente pelos norte-americanos, parece criar uma situação sem precedentes na história e por isso em sua totalidade imprevisível. A Operation Avenge Assange” (Operação Vingar Assange) como ficou chamada atacou principalmente o site do MasterCard partindo do protocolo IRC (Internet Relay Chat) do qual satirizou o slogan com a frase: "Existem coisas que o WikiLeaks não pode fazer. Para todas as outras existe a Operação Payback”. Similarmente ao ataque no site do Wikileaks o site www.mastercard.com foi inundado por bots que dificultaram a navegação.A internet é uma pedra no sapato dos poderosos por ser de impossível controle pleno e total, e o vazamento de informações torna vulnerável principalmente os poderosos dos Estados Unidos. É natural que estes reajam em todas as frentes possíveis pela inteligência, quer seja ilegal pela utilização de crakers, ou legal como a suspeita alegação de prisão por estupro o que parece insinuar que suas duas ex envolvidas foram induzidas a isto, assim como buscas que tentem enquadra-lo em algum crime mesmo não sendo o responsável pelo vazamento. Porém, em vista dos holofotes sobre ele fica-se difícil ataques diretos e clandestinos.Não obstante, os ataques parecem culminar no auge de uma guerra que delimitem o poder da informação em seus domínios legais como a linha entre o legal e ilegal e conseqüentemente da liberdade de expressão que tomam proporções globais pelo fato da internet não ter um pais, mas ser um país internacional - um território - por si só.“Por isso, vamos utilizar nossos recursos para aumentar a conscientização, atacar aqueles contrários e apoiar aqueles que estão ajudando a levar nosso mundo à liberdade e democracia”, finalizou a mensagem.Na opinião do autor, pode haver um dedo dos mesmos "poderosos" como forma de induzir a um debate restritivo sobre estes temas mesmo que como sabe-se os resultados podem ser imprevisíveis. Não gosto de soar egocêntrico, mas creio que muita ganância sobre o material de informação que produzo pode ser um bom combustor a esta gente, não interessada na liberdade de informação, mas usurpar, plagiar, roubar a autoria para si, o que não ocorre no WikiLeaks. O problema consiste no monopólio acessivo a informação, não sua autoria, eles não sabem compartilhar nem mesmo o que não é deles – basta olhar pra mim! Mas afinal basta ver a besta, adorar expor mas nunca ser exposta.

"De fato faltam peças fundamentais nesse jogo de limites e profundidade mal definidas, e sem essas respostas de fundo ético não posso considerar oWikiLeaks uma ferramenta de democratização da informação."
Blog Voô da galinha

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