6 de novembro de 2010

Bastardos inglórios

Para se ver 'Bastardos Inglórios' não tem de se entender de história, mas sim de arte e estilo. Ms aqui o estilismo de Quentim Tarantino amadureceu a uma funcionalidade que quase torna 'cool' a Segunda Guerra Mundial, onde desviando-se da história original nos livros chegamos um final paralelo histórico. Todos os aspectos e tiques típicos de Tarantino estão presentes de modo mais condito tornando o longa muito mais denso em seus sempre notáveis diálogos que aqui aprecem entoar um nível maior de profundidade a seus personagens sempre perfeitamente alinhados com seus atores mesmo que Brad Pitt sempre remeta a seu papel em 'Clube da Luta'. Porém, mesmo que tendo a marca típica de filmes sobre o periodo como a violência de 'Resgate do Soldado Ryan' - que neste caso tinha uma função de denúncia similar a de 'Lista de Schindler' - tal fora atenuado em relação a outros filmes como 'Kill Bill' para se facilitar à identificação verossímil e seriedade do longa mesmo que esquetes diálogos típicos sempre tragam uma dose de humor embutido de modo inteligentemente sarcástico.
O sujeito deste modo ao invés de utilizar-se de temas policiais comuns e clichês tornando-os num produto digerível por tais recursos, aqui a história em si se aprimorou com uma trama mais complexa onde personagens se cruzam a um mesmo fim. Seria errado e desperdício falar dos atores e seus papéis por entregar a história, mas a trilha sonora sempre escolhida com o mesmo peculiar quase senso de humor que remete a filmes antigos parecem ter atingido no aspecto geral seu apêndice, um dos melhores filmes dele ao lado de 'Pulp Fiction' que o consagrou.
Ou melhor, o resultado funcionou e se tornou mais realistas que muitos filmes sobre o tema que seguem a risca os fatos históricos mesmo que sendonada mais que arte, e sendo de quebra ainda uma grande aula de cinema.

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